terça-feira, 4 de junho de 2013

Homotetia - Exercícios - 9º Ano

Homotetia
Para estudar homotetia não se pode deixar de falar em SEMELHANÇA.
Duas figuras são semelhantes, quando têm ângulos correspondentes congruentes e lados homólogos
proporcionais. (Entenda-se “homólogo” como correspondente). Isso ocorre quando uma figura é ampliada
ou reduzida – a forma é a mesma, o tamanho varia. O quanto se amplia ou se reduz a figura chama-se
razão de semelhança, representada pela letra k.
Os retângulos ABCD e AEFG são semelhantes na
razão k = ½
d) K= -1/2 = -0,5



Cada lado de ABCD tem o seu correspondente em
AEFG, isto é, seu homólogo cuja medida é metade
da sua. São, portanto, proporcionais. Os ângulos
correspondentes se mantêm com as mesmas
medidas – são congruentes.
Os lados correspondentes são: AE e AB; EF e BC;
FG e CD; GA e DA.
A homotetia é um tipo de semelhança. Figuras homotéticas são figuras semelhantes. Duas figuras são
homotéticas, isto é, transformadas por homotetia, quando se correspondem ponto a ponto e tal que:
- pares dos pontos homólogos estão alinhados com um único ponto fixo (centro de homotetia);
- a razão das distâncias de pares de pontos homólogos ao centro de homotetia é constante razão de
homotetia.
A posição do centro indica:
1. Homotetia direta
A homotetia é direta, quando o centro é exterior ao
segmento que une pontos homólogos. Como HM
e HM' têm mesmo sentido, a homotetia é direta e a
razão é positiva.

2. Homotetia inversa
A homotetia é inversa, quando o
centro é interior ao segmento
que une pontos homólogos.
Como HM e HM' têm sentidos
opostos, a homotetia é inversa e a
razão é negativa.

Exemplos de homotetia inversa:

Exercícios– Construa as figuras homotéticas de acordo com os centros de homotetia e
as razões dadas.
Solução: Multiplicar o valor de K pela distância do cento de homotetia até os pontos dos quais se deseja
ampliar ou reduzir.
a) K=2

b) K= -3

c) K=2/3 = 0,7



d) K= -1/2 = -0,5




Exercícios 8º Ano

Exercícios de Desenho Geométrico – 8º Ano – professora Eliane

1- Por um ponto A de uma reta r dada, traçar uma perpendicular a esta reta:







_______________._A_________________________ r


2-Determine o local que será aberto uma pizaria, sabendo que ela será paralela a Avenida Kennedy, passando pelo corpo de bombeiros.
  




                                                                  +Bombeiros






____________________________________________________________________Kennedy



                         
                                                                         
3-Por um ponto A, não-pertencente a uma reta r dada, traçar uma perpendicular a esta reta.



                          +A




 ________________________________________r

4- Traçar uma perpendicular a uma dado segmento AB pela sua extremidade.






 A_____________________________________B


5-Traçar a mediatriz de um segmento AB dado.










A______________________B


6-Por um ponto A dado, traçar uma reta s paralela a uma reta dada r. (1º processo)

                             A.




__________________________________________r




7-Por um ponto A dado, traçar uma reta s paralela a uma reta dada r. (2º processo)


                                  A.





_____________________________________r



8-Determine o local da construção de um prédio, no encontro da bissetriz do ângulo formado pelas ruas Austrália e Copacabana e da perpendicular a essa bissetriz, que passa pela padaria.


                                                                                             Rua Copacabana
                         _______________________________________________                                                       
                                                                               






 ____________________________________________________________________
         Rua Austrália                 + Padaria
9-Trace a bissetriz do ângulo formado pelas Ruas Aurora e Copacabana, o ângulo é de 60°.











12-Traçar a bissetriz de um ângulo dado, sendo que o vértice um ponto inacessível.Traçar duas retas com vértices inacessivéis.





























Exercícios de Lugar Geométrico


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Cubismo

                                    CUBISMO

 Guernica
Historicamente o Cubismo originou-se na obra de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros. Para Cézanne, a pintura não podia desvincular-se da natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a transformava. Ele dizia: “Mudo a água em vinho, o mundo em pintura”. E era verdade. Em suas telas, a árvore da paisagem ou a fruta da natureza morte não eram a árvore e a fruta que conhecemos – eram pintura. Preservavam-se as referências exteriores que as identificavam como árvore ou fruta, adquiriam outra substância: eram seres do mundo pictórico e não do mundo natural. Por isso, é correto dizer que Cézanne pintava numa zona limite, na fronteira da natureza e da arte.
Entretanto, os cubistas foram mais longe do que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.
O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes.

Principais características:

• geometrização das formas e volumes
• renúncia à perspectiva
• o claro-escuro perde sua função
• representação do volume colorido sobre superfícies planas
• sensação de pintura escultórica
• cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave

Braque e Picasso, seguindo a lição de Cézanne deram inicio à geometrização dos elementos da paisagem. Braque enviou alguns quadros para o Salão de Outono de 1908, onde Matisse, como membro do júri, os viu e comentou: “Ele despreza as formas, reduz tudo, sítios, figuras e casas, a esquemas geométricos, a cubos”. Essa frase, citada por Louis Vauxcelles, em artigo publicado, dias depois, no Gil Blas, daria o nome ao movimento.

O cubismo se divide em duas fases:

Cubismo Analítico
 
- (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege.

Cubismo Sintético
 
- (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis.

Principais artistas:

Pablo Picasso
- (1881-1973) Tendo vivido 92 anos e pintado desde muito jovem até próximo à sua morte passou por diversas fases: a fase Azul, entre 1901-1904, que representa a tristeza e o isolamento provocados pelo suicídio de Casagemas, seu amigo, são evidenciados pela monocromia e também a representa a miséria e o desespero humanos; a fase Rosa, entre 1904-1907, o amor por Fernande origina muitos desenhos sensuais e eróticos, com a paixão de Picasso pelo circo, iniciam-se os ciclos dos saltimbancos e do arlequim. Depois de descobrir as artes primitivas e africanas compreende que o artista negro não pinta ou esculpi de acordo com a tendência de um determinado movimento estético, mas com uma liberdade muito maior. Picasso desenvolveu uma verdadeira revolução na arte. Em 1907, com a obra Les Demoiselles d’Avignon começa a elaborar a estética cubista que, como vimos anteriormente, se fundamenta na destruição de harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade, essa tela subverteu o sentido da arte moderna com a declaração de guerra em 1914, chega ao fim a aventura cubista. Também destacamos a obra Guernica que foi mostrada pela primeira vez na Exposição Internacional de Paris, em 1937. Foi concebido e executado com grande rapidez em seu estúdio em Paris. Picasso pretendia que seu quadro fosse uma denúncia contra a s mortes que estavam destruindo a Espanha na terrível Guerra Civil (1936-39), e contra a perpétua desumanidade do Iníciom. A motivação imediata do quadro foi a destruição de Guernica, capital da região basca, no dia da feira da cidade, 26 de abril de 1937. Em plena luz do dia, os aviões nazistas, sob as ordens do general Franco, atacaram a cidade indefesa. De seus 7 mil habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos.

Algumas das frases de Pablo Picasso:

"A obra de um artista é uma espécie de diário. Quando o pintor, por ocasião de uma mostra, vê algumas de suas telas antigas novamente, é como se ele estivesse reencontrando filhos pródigos - só que vestidos com túnica de ouro”.
"A Arte não é a verdade. A Arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade".
“Braque sempre disse que na pintura só conta a intenção. É verdade. O que conta é aquilo que se faz. É isso o importante. O que era afinal o mais importante no cubismo, era aquilo que se queria fazer, a intenção que se tinha. E isso não se pode pintar”.
“Nada pode ser criado sem a solidão. Criei em meu redor uma solidão que ninguém calcula. É muito difícil hoje em dia estar-se sozinho, pois existem relógios. Já alguma vez se viu um santo com relógio?”
“Não sou nenhum pessimista, não detesto a arte, pois não poderia viver sem lhe dedicar todo meu tempo. Amo-a como a minha única razão de ser. Tudo que faço relacionado com a arte dá-me a maior alegria. Mas por isso mesmo não vejo por que razão todo o mundo pretende interrogar a arte, exigindo-lhe certificados, deixando correr livremente sua estupidez em relação a este tema”.
                           
Georges Braque
- (1882-1963, 81 anos) Foi um pintor e escultor francês que juntamente com Pablo Picasso inventaram o Cubismo. Braque iniciou a sua ligação as cores, na empresa de pintura decorativa de seu pai. A maior parte da sua adolescência foi passada em Le Havre, mas no ano de 1889, mudou-se para Paris onde, em 1906, no Salão dos Independentes, expôs as suas primeiras obras no estilo de formas simples e cores puras (fovismo. No Outono de 1907, conheceu Picasso com quem se deu quase diariamente até que em 1914 devido a Grande Guerra se separaram. Braque foi mobilizado e ferido na cabeça em 1915, tendo sido agraciado com a Cruz de Guerra e da Legião de Honra. Durante dois anos, devido ao ferimento esteve afastado da pintura.
    
Juan Gris
- (1887-1927), pintor espanhol que aderiu ao cubismo em 1912, era um Iníciom muito lúcido em cuja arte o fator racionalizante tinha grande peso. Por essa razão, não conseguiu entregar-se totalmente à liberdade inventiva de Picasso e Braque, mantendo seu cubismo preso a uma composição formal muitas vezes rígida e fria. Não obstante, dá uma contribuição importante ao introduzir no cubismo uma visão nova do espaço como espaço-tempo, ao decompor o objeto no plano, buscando exprimir as várias etapas de sua apreensão no tempo.
    
Fernand Léger
- (1881-1955) se desenvolveu o seu cubismo numa direção diferente de Braque e Picasso. Se também ouviu a frase de Cézanne, que chamava a atenção para a geometria contida nos objetos naturais, passou a pintá-los não como se fossem cubos, mas como cilindros e cones, tal como se observa em seu quadro “Nus dans la forêt” (1909-10). Léger nunca atingira o grau de abstração dos dois mestres cubistas, Picasso e Braque.

De origem modesta, de família de camponeses normandos, desde cedo se interessou pelo desenho, o que o leva a Caen, capital da Alta Normandia, França, aos dezesseis anos, onde trabalhou como aprendiz de arquiteto. Em 1900, mudou-se para Paris, onde em um escritório de arquitetura e retoques fotográficos trabalhou como desenhista. Reprovado no exame de ingresso da Escola de Belas-Artes de Paris, estudou na Escola de Artes Decorativas e na Academia Julien; frequentando ainda vários ateliês, entrando em contato com a arte de Cézanne.
Aproxima-se dos cubistas em 1909, conhecendo os poetas Apollinaire, Max Jacob, Blaise Cendrars, os pintores Albert Gleizes, Robert Delaunay e, mais tarde, Georges Braque e Pablo Picasso. Em 1911, expôs no Salão dos Independentes e, no ano seguinte, participa da Section D’Or, e publica seu ensaio ‘Les origines de la peinture contemporaine’, na revista Der Sturm. Em contato com o Cubismo, Léger não aceitou sua representação exclusivamente conceitual, suas abstrações curvilíneas e tubulares contrastavam-se com as formas retilíneas preferidas por Picasso e Braque, e preconizavam uma aproximação às imagens orgânicas surrealistas.
         
Robert Delaunay
(1885-1941), pintor francês o seu caminho no movimento cubista, o levaria a uma redescoberta da cor e do ritmo espacial, que daria à sua pintura algo de composição musical. Quando em 1912, pintou seus “Discos simultâneos”, uma nova vertente surgiu no cubismo, à qual o poeta Apollinaire daria o nome de orfismo. AS fontes da pintura de Delaunay são as mesmas de Braque, ou seja, a lição cezanniana, que estão evidentes na séria de “Villes”, suas primeiras telas cubistas. Nelas, ele abdica das cores vivas que marcaram sua pintura anterior. Ele cria um novo repertório de signos (ou objetos figurativos). Como Léger, ele chega rapidamente a uma linguagem abstrata, que se aproxima do decorativo, mas de que ele se afasta imprimindo em sua pintura a preocupação de expressar o dinamismo da vida moderna. A partir de 1912, Delaunay recorre à cor como seu meio de expressão. Interessa-se pela lei dos contrastes simultâneos de Chevreul, que servirá de pretexto para suas “frases cromáticas” e outras obras, fundadas na exploração daqueles contrastes.
    
DESDOBRAMENTOS DO CUBISMO NO BRASIL

Dos artistas brasileiros destacamos:

Tarsila do Amaral
- (1886 - 1973) Aluna de seu amigo Fernand Léger por apenas algumas semanas em outubro 1923, Tarsila absorveu do mestre sua característica síntese geométrica. Também próxima de outro cubista, este mais militante, Gleizes, com ele a pintora paulista aprendeu a estruturar o quadro, sem figuração, não planos ou recortes de figuras dispostas, mas planos interligados, integrados. Ao contrário da experiência relâmpago com Léger, a passagem pelo ateliê de Gleizes foi mais duradoura e marcante na sua obra posterior. De volta do Brasil, em dezembro de 1923, dá entrevista ao Correio da Manhã em que se autodenomina uma pintora cubista “movimento que nasceu com a fragmentação da forma”. Era, pois, a continuação do impressionismo “a fragmentação da cor”. “Estou ligada a esse movimento que tem produzido efeitos nas indústrias, no mobiliário, na moda, nos brinquedos, nos 4 mil expositores do Salão de Outono e dos Independentes”, disse ela ao jornal em reportagem publicada no dia de Natal.
Apesar de não ter exposto na Semana de 22, colaborou decisivamente para o desenvolvimento da arte moderna brasileira, pois produziu um conjunto de obras indicadoras de novos rumos. Em 1923, quando esteve na Europa manteve contato com artistas europeus, além de Léger, Picasso, De Chirico e Brancussi. Em 1928, deu início a uma fase chamada Antropofágica. A essa fase pertence a tela Abaporu cujo nome, segundo a artista é de origem indígena e significa “Antropófago”. Também usou de temática social nos seus quadros como na tela Operários.

Rego Monteiro
- (1899-1970) Fez grandes obras pós-cubistas. Uma de suas mais famosas é “Mulher Diante do Espelho”, de 1922. “Minha pintura não poderia existir antes do cubismo, que me legou as noções de construção, luz e forma”, disse Monteiro certa vez. Morando em Paris desde 1911 (chegou lá com 12 anos), participou efetivamente de seu ambiente artístico e se tornou membro do Salon dês Indépendants, onde expôs diversas vezes. Em meados da década de 20, o pintor foi convidado a integrar o famoso Grupo da Galeria L’effort Moderne, de Léonce Rosenberg, que reunia a “trinca de ouro do cubismo” (Picasso, Braque e Gris), mais Gleizes, Metzinger, Léger, Herbin e Severini. Voltou ao Brasil em 1933, aos 34 anos.
        

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos desse tempo é o resultado de pesquisas de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica.
Divisão da Pré-História:
Paleolítico
A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. O homem deste período era nômade. Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de Willendorf.
PALEOLÍTICO INFERIOR
• aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.;
• caça e coleta;
• controle do fogo; e instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.
PALEOLÍTICO SUPERIOR
• instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha;
• desenvolvimento da pintura e da escultura.
Neolítico
A fixação  da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento das primeiras instituições, como família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais. Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem se torna um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e racionalização. Como consequência surge um estilo simplificador e geometrizado, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva. Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal. Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical. O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa.
NEOLÍTICO
• aproximadamente 10.000 a 5.000 a.C.
• instrumentos de pedra polida, enxada e tear;
• início do cultivo dos campos;
• artesanato: cerâmica e tecidos;
• construção de pedra;
• primeiros arquitetos do mundo.
IDADE DOS METAIS
• aproximadamente 5.000 a 3.500 a.C.
• aparecimento de metalurgia;
• aparecimento das cidades;
• invenção da roda;
• invenção da escrita;
• arado de bois.
As Cavernas
Antes de pintar as paredes da caverna, os homens faziam ornamentos corporais, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”. Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são: Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902. Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês. Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994. Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 anos. Parque Nacional Serra da Capivara - Sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. Nessa região encontra-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres. Para saber mais visite: fumdham.org Onde havia gente - Os arqueólogos já encontraram vários registros de seres humanos pré-históricos que viviam no Brasil há pelo menos 11.000 anos.
Arte na Pré-História

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

moderno e modernidade

Conceitos de Modernidade
O surgimento da categoria modernidade como processo histórico-social, tem inicio no mundo ocidental a partir do século XVIII. A propagação das idéias iluministas, como o uso da razão e a emancipação do homem em relação às leis divinas, foram fatores representativos que ilustraram e caracteriza esse período. Não existe consenso entre os historiadores em relação à demarcação do inicio da modernidade, alguns afirmam que desde a expansão marítima, a Europa de certa forma, já estava dentro dela.
A ruptura para com os valores arcaicos, também é outra característica da modernidade, tudo aquilo que era tradicionalmente inquestionável, passa a ser plausível de discussão, ou seja, no começo da modernidade, a razão iluminista estava na moda.
Utilizamos muitas vezes a noção de modernidade associada à de progresso. As raízes dessa comparação, talvez esteja no fato de que os desenvolvimentos científicos, juntamente com a idéia de liberdade e igualdade entre os homens, emanciparam o homem europeu da submissão as leis naturais e divinas.
O conceito de "pessoa" nesse período, passa a ser substituído pelo de "individuo", teoricamente assim todos os homens passaram a ter os mesmos direitos jurídicos. Essa substituição foi essencial para a propagação dos valores liberais, que tinha como uma das missões, inserir no plano econômico, o livre comércio.
Mudanças bruscas aconteceram no ocidente durante a modernidade, principalmente nos planos culturais, artísticos, econômico, religioso, político. Talvez esse seja o fator que nos faz associá-la sempre a idéia de ruptura e de novidade.
Muitas pessoas, quando iniciam seus estudos nas artes, tendem a confundir os significados das palavras moderno, modernidade e modernismo, visto que comumente não são passíveis de definições fixas, estando sempre sujeitas a modificações e alterações. Mas os significados destas nomenclaturas são realmente diferentes.
O Moderno
Moderno é o termo usado para indicar algo que é contemporâneo à época da produção. Empregado inicialmente na modernidade (Idade Moderna), esse termo foi muito utilizado para indicar o modernismo (a maneira modernista) e ultrapassou os limites de seu tempo, sendo ainda hoje bastante comum (na nossa contemporaneidade). Isso porque considera-se como moderno tudo que se oponha ao antigo.

A perspectiva moderna começou a se desenvolver quando o conhecimento e a arte se entrelaçaram com o conhecimento científico. Ou seja, algumas obras do período moderno e outras do período contemporâneo podem ser julgadas como modernas, pelo simples fato de simbolizarem o que é presente e atual (em relação ao tempo e ao espaço de sua produção). Da mesma forma é possível determinar algumas outras obras feitas nestes mesmos períodos como não-modernas, por serem retrógradas.

Como entendimento de moderno, tem-se a assimilação de trabalhos que contenham uma nova abordagem, com rompimento de padrões e regras artísticas. Isto é, o abandono de uma arte literal e acadêmica, rumo a novas visões, mais abstratas e menos figurativas. Assim sendo, pode-se resumir o moderno como a representação de “uma atitude específica para com o presente”.

Moderno, Modernidade e Arte Moderna.
Sob essa denominação podem ser considerados, de forma genérica, os variados movimentos artísticos que surgiram do início a metade do século XX, principalmente na Europa. Muitos não chegaram a se organizar enquanto escolas com manifestos e programas, mas outros apresentavam objetivos e teorias definidas previamente. Apesar da variedade de propostas plásticas e teóricas, o diálogo entre estes movimentos era inevitável seja na forma de confronto, ou enquanto influência estética. A grande proximidade com a literatura, cinema e outras manifestações artísticas aumentou a preocupação com os conceitos, as teorias e as idéias que condicionavam e predefiniam a natureza do próprio objeto de arte. O envolvimento político e social de muitos movimentos da arte moderna também refletia a necessidade de compreender as mudanças pelas quais o mundo estava vivendo, como as experiências da 1ª e da 2ª Guerra Mundial, a industrialização e urbanização das cidades, os avanços da técnica e da ciência, o progresso social e as revoluções populares. Esses temas fizeram-se presentes de forma mais direta em algumas vanguardas, enquanto em outras optou-se pela pesquisa da plasticidade e de novas formas de expressão.
A arte moderna acompanhou as mudanças inicialmente propostas pelo Impressionismo e a partir deste ponto assumiu uma posição crítica em relação às convenções artísticas acadêmicas, aos temas oficiais e à própria maneira de se representar a realidade. Entre as variadas linguagens que surgem sob a denominação de arte moderna existia um eixo comum que questionava a representação ilusionística da realidade ao tentar impor a tridimensionalidade ao plano da tela. Esta nova percepção inaugurou o espaço moderno na pintura e a pesquisa aprofundada das cores em seus tons puros, a fragmentação dos objetos e planos, a deformação das figuras e a abstração das formas. A experimentação passou a ser um método de trabalho tanto para as tendências mais "racionalistas" da arte moderna, quantos as "irracionalistas". Devido as especifidades da arte moderna e a multiplicidade de representantes, optamos por uma síntese de cada movimento com seus principais atuantes.

Fauvismo
- grupo de artistas sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954) que exploravam as possibilidades das cores em seus tons puros e fortes, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas diretas. A temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social ou política. Teve presença marcante na França entre 1905 e 1907 e impacto nas tendências expressionistas.
Artistas: Henri Matisse (1869-1954); André Derain (1880-1954); Maurice de Vlaminck (1876-1958).

Expressionismo - tendência de arte que se desenvolveu na Alemanha, entre 1905 e 1914. Fazia oposição ao impressionismo francês e defendia a expressão que se manifestava do artista para realidade. Vários grupos apresentaram influências expressionistas, mas o mais conhecido foi o Die Brücke ('A Ponte'), criado em 1905 em Dresden. Este grupo definiu os procedimentos e fundamentos do expressionismo alemão. Após os anos 50 é nos Estados Unidos que se encontrará influência deste movimento com o expressionismo abstrato.
Artistas: Vincent van Gogh (1853-1890); Paul Gauguin (1848-1903); Edvard Munch (1863-1944); Georges Rouault (1871 – 1958); Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901).

Cubismo - movimento artístico que tem como marco inicial 1907 quando Pablo Picasso apresentou seu quadro Les Demoiselles d'Avignon, em Paris. O cubismo promove a recusa da arte como imitação da natureza e propõe novas formas geométricas para se visualizar a realidade tendo como objetivo fundamental capturar a estrutura dos objetos, a simplificação das formas, dissociando-as do real.
Este movimento dividiu-se em duas fases: cubismo analítico (1909-1912) com o foco na decomposição dos objetos e planos e no monocromatismo; e cubismo sintético (1912-1913) no qual elementos estranhos à pintura são incorporados às telas criando as colagens.
Artistas: Pablo Picasso (1881 - 1973); Georges Braque (1882 - 1963); Juan Gris (1887 - 1927).

Construtivismo
- movimento de vanguarda com base na Rússia que trata a pintura e a escultura como construções, estabelecendo grandes conexões com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos. Diretamente influenciado pela revolução de 1917 na Rússia, o movimento discutiu profundamente o papel social da arte e sua produção concreta para sociedade.
Artistas: Vladimir Evgrafovic Tatlin (1885 - 1953); Alexander Rodchenko (1891 - 1956).

Surrealismo
- o termo surrealismo, cunhado pelo poeta André Breton, apareceu no primeiro manifesto do grupo, em 1924, no qual defendiam a valoração do mundo dos sonhos, do irracional e do inconsciente para a produção das obras. Movimento amplo que envolveu literatos, cineastas e fotógrafos e que reforçava o imaginário, os impulsos ocultos e o caráter anti racionalista com base em leitura livre das teorias de Sigmund Freud.
Artistas: René Magritte; Joán Miró; Salvador Dalí; Alexander Calder; Hans Arp (1886-1966).

Dadaísmo
- movimento artístico que não procurou estabelecer programas de ação nem estilos específicos. Tratava-se de uma crítica cultural mais ampla aos modelos e valores culturais e sociais anteriores. Suas manifestações eram pautadas pela desordem, escolhas aleatórias, choque e escândalo. Sua criação data de 1916 quando da criação do Cabaré Voltaire, em Zurique, espaço para as manifestações artísticas variadas. Ficou mundialmente conhecido pelos ready-made de Marcel Duchamp com os quais proferiu uma forte crítica ao sistema da arte.
Artistas: Francis Picabia (1879); Marcel Duchamp (1887-1968); Man Ray (1890-1976).

Suprematismo
- movimento russo de arte abstrata, surgiu por volta de 1913 tendo como principal representante o pintor Malevich e o poeta Maiakóvski. Defendiam a pesquisa profunda da estrutura da imagem com o intuito de se alcançar a “forma absoluta” através de formas geométricas básicas associadas a uma pequena variação de cores. Em 1918, Malevich declara o fim do movimento por esgotamento do projeto inicial.
Artista: Kazimir Malevich (1878-1935).

Neoplasticismo
- movimento associado às novas propostas plásticas de Mondrian e Doesburg apresentadas pela revista De Stijl (O Estilo) criada pelos dois artistas holandeses em 1917. Buscavam uma nova forma de expressão baseada em elementos mínimos como a reta, o retângulo e as cores primárias, além do preto, branco e cinza. A redução da plasticidade rejeitava os princípios da tridimensionalidade no espaço pictórico, as linhas curvas e as texturas. A revista e o movimento deixa de existir oficialmente em 1928.
Artistas: Piet Mondrian (1872-1944) e Theo van Doesburg (1883-1931).

Futurismo - surgiu como movimento literário a partir do manifesto escrito em 1909 pelo poeta Marinetti, mas logo recebeu adesão de artistas e outros intelectuais. De raiz fortemente italiana o futurismo colocava-se contra o passado burguês e tradicional, glorificando o mundo moderno, a ciência, a técnica, a velocidade, a máquina e os meios de comunicação como o cinema. De forte aspecto político esteve associado também ao fascismo e ao nacionalismo. A pesquisa do movimento e o dinamismo são elementos marcantes das obras deste grupo.
Artistas: Umberto Boccioni (1882 - 1916); Luigi Russolo (1885 - 1947).

Abstracionismo
- movimento liderado por Wassily Kandinsky, surgiu em 1910 e defendia o uso de uma linguagem puramente abstrata, alcançando ritmo e dinamismo através da cor e das formas. Uma expressão artística tipicamente não-figurativa, sem a busca por uma representação da realidade como é vista.
Artista: Wassily Kandinsky (1866-1944).

Arte moderna no Brasil

A arte moderna no Brasil tem como marco simbólico a Semana de 1922, realizada em São Paulo. O evento foi organizado por intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência e declarava o rompimento com o tradicionalismo cultural na literatura, na música e nas artes plásticas. As discussões sobre uma renovação artística vinha de antes deste evento com exposições isoladas de artistas brasileiros, mas convencionou-se considerar o ano de 1922 como marco principal dessa emancipação artística. Entre os participantes da Semana de Arte Moderna estavam os artistas Anita Malfatti (1889 - 1964), Di Cavalcanti (1897 - 1976), John Graz (1891 - 1980), Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), Victor Brecheret (1894 - 1955) entre outros.
Entretanto, apesar do contato direto de muitos artistas brasileiros com as vanguardas européias, nesse momento, não se tratava de inovações significativas para arte brasileira. Novas expressões artísticas surgiram, principalmente a partir de 1930, associadas a um interesse pelas temáticas nacionais e por nosso passado cultural e social. Os artistas influenciados pelas vanguardas e por esse momento cultural nas principais cidades do país estabelecem estilos próprios não se enquadrando especificamente em nenhum dos movimentos da arte moderna.

domingo, 5 de agosto de 2012

Impressionismo

IMPRESSIONISTAS

"Venice Twilight" - Caude Monet




O IMPRESSIONISMO foi um movimento iniciado em 1870, em Paris, por um grupo de artistas que tinham algumas características em comum. Gostavam de pintar ao ar livre, retratando a natureza e os efeitos de luz sobre ela. Como a luz muda muito depressa, pintavam rapidamente, dando pinceladas ligeiras e suaves. Negavam os temas bíblicos e orientais, muito explorados até então, e preferiam retratar temas da vida cotidiana.

Os impressionistas não se preocupam com os temas sociais e políticos e nem mesmo em retratar a realidade como ela é. Com a invenção da máquina fotográfica, o artista começa a assumir outra função na sociedade. Agora ele quer retratar a realidade como ele a vê.
Os impressionistas foram muito criticados por tudo isso, e começaram a organizar suas próprias exposições (1874 a 1886). N a primeira delas o quadro de Claude Monet, Impressões: o Nascer do Sol, sugeriu ao crítico Louis Leroy o nome de Impressionista para denominar esse grupo de artistas, com um certo tom de desprezo.

Impressão: O Nascer do Sol - Claude Monet

Monet pintou, durante um ano, cinquenta imagens, em horários diferentes, da Catedral de Rouen, reproduzindo a incidência da luz. Assim, ele pretendia analisar as diferentes influências que a luz pode exercer sobre a percepção da realidade.

No impressionismo as figuras não tinham contornos nítidos. Ao olharmos uma obra impressionista de perto vemos pinceladas separadas que produzem a sensação de manchas sem contorno.

Observe algumas obras em que Édouard Manet retratou de seus colegas impressionistas:

O Balcão - Manet (A mulher sentada é a pintora Berthe Morisot)




Claude Monet Pintando em seu Barco-Estúdio- Édouard Manet



 
A aula de Dança - Edgar Degas

Conhecido como "O pintor das bailarinas".


Interessante notar a presença da figura feminina no fazer artístico desse período. O tema das obras da artista Berthe Morisot, abrangem o universo feminino.

"O Berço" (1872) é uma das obras primas da pintora impressionista francesa Berthe Morisot. Nela, uma jovem vigia devotadamente seu bebê que dorme no berço. A expressão de amor e ternura implícitos nessa pintura é conseguida não só pela cuidade disposição das figuras, mas também pela sutil harmonia de cores e pinceladas. O cuidado na representação dos tecidos, tal como o véu sobre o berço e a cortina de cetim atrás da mulher, combinados com uma luz homogênea e com a frontalidade da obra aumentam a intimidade desta cena.
O Berço - Berthe Morisot



Acho fantásticas as produções do Impressionismo, sobretudo as obras de Berthe Morisot. Acredito que toda mulher deve se identificar com o trabalho de Morisot, pois afinal, mostra um universo que nenhum artista poderia retratar tão bem como uma mulher!